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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Vendo além!

Vou dissertando o que acho de você, o que provavelmente acho de você em minha 
incerteza cotidiana. Seu sorriso, garoto, não é nada mal, impossível não despertar 
conquistas. Fico falando de você para as minhas amigas que te acham encantador. Ele
realmente existe? Elas perguntam desacreditando vez ou outra de suas qualidades. E 
eu fico com ciúmes (não delas, jamais! Pra frente, você entenderá minha forma de ciúme) sem nem mesmo ter contato físico com você (mas respondo feliz que você existe, sim!).
Que culpa eu tenho? Se ciúmes tenho até da borracha que uso para apagar instantes que não me agradam?
Você gosta de leitura e ainda nem sabe o quanto,esquisitices, música, sobrenatural... Gosta de MPB, porém não despertaram isso em você,rs nos dias de hoje, isso é um marco, nenhum homem que conheço (e quero) gosta, e isso já é capaz de me deixar com aquele ar de boba esperando o que não virá. Escreve coisas românticas que faz com que você pareça um poeta de outro século, sentado na calçada, usando um chapéu que protege do sol que não veio (e você nem liga, porque dias cinzas sempre favorecem a poesia de dentro). 
Te observo e acho graça, você parece um personagem saído de um filme do Woody Allen, dando sermões filosóficos sobre a vida, com um leve romance embutido. Mas você só coloca o romance no meio das palavras para fazer charme, porque vergonha da palavra amor, você 
nunca teve. Porém, busca sempre aquele momento QUE ACHA CERTO. Deitado na cama, olhando para o teto, só desperta quando o telefone toca anunciando que é uma das mulheres ou menininhas que não saem do seu pé, você é um galã de outro século, colocado em uma moldura 
de madeira para que, quando passarem, apenas te apreciem, bem como você merece.

Passei um tempo procurando defeitos em você, mas só encontrei um que nem chega a ser defeito. O que acontece é que a gente voa em ares distintos, você com suas poesias e eu com minhas incertezas que me levam além. Sonhadora sou de sobra, tanto que chego a imaginar como seria estar com você, e nem ligo para o que possam dizer. Como diz aquela canção que você 
também deve gostar( nesse momento, nem lembrará,rs): “Sonho não se dá”, e os meus eu não dou e nem vendo, faço coleção para acumular levezas. Dou risada da possibilidade
 de te fazer em pensamentos e logo mais você aparecer na rua de cima, existindo como se isso não te pesasse como as outras pessoas pode acontecer.

Daqui, posso escutar a MÚSICA dominando seu rádio que ganhou de herança de um conhecido. Gosta de Quintana e ainda tem acidez e bom gosto suficiente para escutar Janis Joplin (influência minha mesmo haha). No domingo, andando pela calçada, pude ver você sentado 
na cadeira azul, escrevendo poesias, canções, talvez. Tinha um ar tão distante e bonito que eu quis eternizar aquele momento, mas faltou coragem.

As linhas que traçam os caminhos que deveriam se cruzar foram embriagadas pelo instante em que te fotografei com a retina, tão estonteante foi. A paz que eu carrego ao escutar de longe o seu sorriso de lado, ninguém tira. As linhas do destino passam desconfiadas do outro lado da rua, acho que elas já notaram meu interesse por você, mas possuem certo receio do que pode surgir em meio as tramas inventadas. Elas não sabem de nada. Precisam aprender que quando o carinho começa assim, o rumo é certo. Ah, eu gosto tanto do seu jeito de se fazer distante, mas na 
verdade ser tão próximo assim. Se nossos sonhos se cruzarem, eu até confesso que essa tentativa sem jeito de dizer o que penso sobre alguém, foi para você.
Sei que nos encontraremos, pois desse meu sonho dormido, tem um pouco de sonhando acordada... (uma dica? Você vive música...um dia me notará, e esse dia eu não saberei, pois apenas chegará e de mim lembrará )

H.R